sábado, novembro 27, 2010


' É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder. '

Quem não conhece esse trecho de poesia? Bonito né? Já tentou fazer nele uma interpretação? Cada um tem a sua e se possível gostaria de saber, mas primeiro vou falar o que penso a respeito desse trecho. 
Por mais que você queira estar com a pessoa amada nem sempre é possível, mas faz bem pensar em talvez tê-la com você. E ao mesmo tempo amar é ser sozinho, o amor é solitário ( já me disseram isso e concordo ), e infelizmente temos que nos contentar com isso, com o fato do amor ser para um, mesmo sendo recíproco. E você cuida, de longe ou de perto, estando com a pessoa ou não, e ficar feliz por isso mas nem sempre essa felicidade é sufisciente e isso faz com que se corra o risco de não agradar.
Esse poema é conhecido e bonito, mas esse trecho é o escolhido para o post por muitos motivos, e lembrei dele por ler um post de um blog e me deu vontade de escrever nesse exato momento. Fica aqui a quase resposta, a vontade de outras interpretações e a certeza de que nunca vou abandonar o blog. 

Obs:. As flores tem necessidade de desabrochar, como todo ser humano tem de evoluir, crescer. Só o amor pode ser preservado como escrevi aqui, o restante não. 

Um comentário:

  1. Se amar é o abraço de duas solidões, isto já deduz que nunca se tem o outro. Por isso, a conquista. Mas por isso, o descontentamento. Antes dessa estrofe citada, Pessoa diz: "o amor é ferida que dói e não se sente, um contentamento descontente..."
    Para alguns, estar incompleto é importante. Eu só acho que o ser humano nasce e morre incompleto. Não há outra metade. Mas há de procurá-la. Na vida só podemos seguir o risco. Só temos na mão o erro. A ilusão que é a vida!

    F.M.

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